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3. Exigências de Hardware

3.1 Em que arquiteturas/sistemas a Debian GNU/Linux roda?

A Debian GNU/Linux inclui o código fonte completo para todos os programas incluídos, então ela deve funcionar em todos os sistemas que são suportados pela Kernel do Linux; veja a Linux FAQ para maiores detalhes.

A versão atual da Debian GNU/Linux contém uma distribuição completa de binários para as seguintes arquiteturas:

i386: isto cobre PCs baseados em processadores compatíveis com Intel, incluindo o 386, 486, Pentium, Pentium Pro e Pentium II da Intel, e processadores compatíveis da AMD, Cyrix e outros.

m68k: isto cobre amigas e ataris que possuem processador Motorola 680x0, com x>=2; com MMU (Memory Management Unit ou Unidade de Gerenciamento de Memória).

O desenvolvimento de distribuições de binários da Debian para as arquiteturas Alpha, Sparc, Sparc64, PowerPC, Arm e Hurd-i386 está a caminho.

3.2 Que hardware é assumido pelos discos de inicialização normais da Debian GNU/Linux?

O arquivo de configuração usado para construir a kernel padrão da Debian GNU/Linux assume uma CPU 386, e inclui suporte a cartões PCMCIA e placas SCSI para os quais existam drivers do Linux. O suporte a placas de rede é providenciado por módulos carregáveis, logo não há necessidade de compilar esses drivers na kernel.

3.3 Quanto espaço em disco é recomendado?

Uma instalação generosa, suficiente para acomodar alguns usuários, o Sistema de Janelas X e vários aplicativos grandes pode precisar de partições de pelo menos:

O espaço em disco ideal para memória virtual depende muito do modo como o sistema vai ser usado. Muitas pessoas simplesmente decidem reservar para isso o dobro da quantidade de memória RAM disponível. Sistemas com muita RAM podem não precisar de tanta memória virtual, especialmente se existirem poucos usuários. O processo de instalação suporta sistemas sem memória virtual.

Mas quanto de RAM e espaço em disco são absolutamente essenciais?

Os seguintes requisitos mínimos são suficientes para um sistema sem o X11 e apenas 1 ou 2 usuários:

O Debian Linux pode ser instalado em sistemas com apenas 4 MBytes de RAM. Os discos de instalação mais novos foram especialmente organizados para oferecer um modo de instalação simples para máquinas com pouca memória. Alguns usuários relatam sucesso em usar o Debian Linux para converter PCs com RAM e espaço em disco limitados em terminais X. Um sistema baseado em 386 com apenas 4 MBytes de RAM e 40 MBytes de espaço em disco foi usado para rodar o Debian Linux desse modo; isto é, tanto o suporte a rede quanto as funções básicas do servidor X11 operavam satisfatoriamente. Esse modo de operação funciona até se 1 MByte de RAM é usado como ramdisk quando a máquina é iniciada, mostrando que apenas 3 MBytes de RAM são absolutamente essenciais para usar o Debian Linux em um PC para torná-lo um terminal X. Este modo de operação necessita de uma partição de swap (memória virtual); sem ela, o sistema não entrará nem em modo multi-usuário.

3.4 Como devo particionar meu disco?

Particionar um disco tem a desvantagem de que o espaço pode ser usado de forma muito menos flexível que em um drive não-particionado. A maior parte dos usuários acredita, porém, que essa desvantagem é compensada pelo fato de que danos ao sistema de arquivos em um disco particionado estão normalmente limitados a uma única partição. Além disso, backups de um disco rígido particionado podem ser mais facilmente gerenciados porque os arquivos que são alterados mais freqüentemente têm grandes chances de estarem localizados em uma única partição.

Um usuário com um disco de 1.6 GByte concluiu, após pesquisa entre usuários de Debian, que é razoável planejar um esquema de particionamento que segue de perto o Padrão de Hierarquia para o Sistema de Arquivos (Filesystem Hierarchy Standard).

Para seu disco de 1.6 GByte, ele escolheu as partições:

É possível usar um arquivo como memória virtual ao invés de uma partição. Normalmente essa solução é ruim, portanto sugerimos o uso de uma partição para memória virtual.

3.5 Discos rígidos extremamente grandes são suportados?

Existe um limite máximo no tamanho da partição do disco que é usada para a inicialização. Esse limite existe em todos o sistemas operacionais, não apenas o Linux. Basicamente, as BIOSs normalmente disponíveis nos PCs não conseguem acessar partições maiores que 1024 cilindros ou trilhas. Assim, nenhum sistema operacional usado em PCs pode ser inicializado a partir de uma partição maior que 1 GByte. Vale a pena enfatizar que essa restrição existe apenas para a partição a partir da qual o Linux é inicializado. Outras partições podem ser maiores. Uma solução para essa limitação é colocar o diretório /boot (e normalmente toda a partição raiz) em sua própria (pequena) partição, completamente dentro dos primeiros 1024 blocos do disco.

Suporte para grandes partições não-inicializáveis (i.e., a partir das quais não é possível "bootar") varia para cada driver. Informações detalhadas podem ser encontradas no Large-Disk mini-HOWTO.

A kernel do Linux inclui o driver para discos de Dispositivos Múltiplos (Multi-Device disk driver ('md')), que oferece simples concatenação de discos (chamado de modo linear) ou suporte a "striping" (também conhecido como RAID 0) em software.

3.6 (Como) A Debian oferece suporte a PCMCIA?

Utilitários que oferecem serviços de cartões PCMCIA foram desenvolvidos por David Hinds. Esses utilitários são disponibilizados na Debian pelo pacote pcmcia-cs-KKK_VVV-RRR.deb, onde os componentes 'VVV' e 'RRR' seguem as convenções normais em nomes de pacotes Debian, e o componente 'KKK' se refere à versão da kernel para a qual o pacote pcmcia-cs foi construído.

O pacote pcmcia-modules-KKK deve ser reconstruído para sistemas que não usam a kernel padrão da Debian. O pacote pcmcia-source_VVV-RRR.deb deve ser usado por usuários que precisam recompilar os módulos ou utilitários PCMCIA. Ele descompacta o código fonte dos utilitários PCMCIA no diretório /usr/src/modules/pcmcia-cs/. Veja o arquivo /usr/src/modules/pcmcia-cs/README.gz; ele contém instruções para reconstrução dos pacotes PCMCIA.

Cartões PCMCIA que incluam drives IDE precisam ter suporte pela kernel. A versão da kernel distribuída com os discos de instalação da Debian incluem suporte para tais cartões PCMCIA. Ou seja, seu arquivo .config inclui a linha: CONFIG_BLK_DEV_IDE_PCMCIA=y.


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